quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Futuro Interrompido - Parte 1


Em meados de 2009, durante reunião de pauta na revista Mais Destaque, uma proposta veio à tona: que tal abordarmos o tema suicídio? A resposta de bate-pronto foi positiva. A complexidade e a urgência deste assunto é algo a se pensar. Segue o primeiro trecho do post.

Taxa de suicídio entre juvenis é 45% superior à dos adultos

Segundo dados da OMS – Organização Mundial da Saúde -, todos os dias 60 mil pessoas tentam tirar a própria vida, e a cada 30 segundos alguém consegue. Se a cada dia três mil pessoas se matam, por ano temos 1,1 milhão de suicidas. E a estimativa é que em 2020, mais de um milhão e meio de pessoas morrerão desta forma – um caso a cada 20 segundos. Em 2002, foram 887 mil casos. O aumento será de 74% em 18 anos. Vale ressaltar que atualmente o suicídio já se encontra entre as três principais causas de morte entre pessoas de 15 a 34 anos.

O recente mapa da violência aponta que a taxa de suicídio brasileira tem crescido nos últimos anos. Passando de 4,0 por 100 mil habitantes em 2000, para 4,7 em 2005. A diferença é extremamente relevante, pois as taxas juvenis são 45% superiores às dos adultos.Nos últimos 50 anos, a média de suicídios entre os jovens de 15 e 24 anos cresceu 60%, sobretudo em países em desenvolvimento. Diferente de outros continentes, como a Ásia e a Europa, por exemplo, onde o suicídio ocorre mais frequentemente entre pessoas mais velhas.

Atualmente, existe um consenso internacional de que estes casos devem ser tratados como uma questão de saúde pública. Especialistas do assunto creem que boa parte deles poderiam ter sido previstos e evitados. Um recente estudo da OMS indicou que em apenas 3% de 16 mil suicídios analisados não foi possível elaborar um diagnóstico psiquiátrico. Apenas 5% das tentativas são bem sucedidas.

Com o objetivo de alertar para a maior causa de morte prematura evitável e incentivar os governos a desenvolverem estratégias de prevenção, a OMS instituiu o dia 10 de setembro como Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.

Tadeu L. Inácio