sexta-feira, 9 de abril de 2010

Jornalismo e o poder da comunicação


A relevância social dessa atividade em nossas vidas

Rapaz é mordido por cachorro. Homem morde cachorro. O que é notícia? Qual afirmativa foge do contexto? Pois bem, pensando assim já identificamos algumas funções jornalísticas: informar, narrar, elucidar tudo aquilo que sai da normalidade, o “novo”. E esses itens são os grandes prazeres que este profissional tem. O que ocorre é que a tarefa não é tão simples como se parece. E isso certamente representa um elemento renovador e imprescindível em qualquer escolha de carreira: desafio.

A prática do jornalismo é, sobretudo, um trabalho social, que traz à tona fatos relevantes. A imparcialidade e ouvir “os dois lados da moeda” constituem um dever deste profissional. Certamente, esses são alguns dos princípios que nos são passados na faculdade, além de outras técnicas e posturas.

Importante para qualquer sociedade, o jornalismo ainda é objeto de censura em países sob severos regimes políticos, das mais variadas formas, evidenciadas, lamentavelmente, nos noticiários atuais. O que dizer das décadas de ditadura no Brasil? Como entender a fúria de Hugo Chávez com a mídia e seus profissionais em nossa vizinha Venezuela? E por aí vamos...

Ao ingressar no curso, em algumas ocasiões, uma pergunta vem à tona. Ela pode parecer clichê, mas, para uma grande parcela dos alunos, tem um tom desafiador e por vezes “emudecedor”. Enfim, por que a escolha de ser jornalista?
a) Porque tenho facilidade em escrever.
b) Porque não consegui ser aprovado em Marketing ou Publicidade.
c) Porque sonho ser jornalista para mudar o mundo

Essas três respostas são as mais ouvidas pelos professores e mestres. Embora com um teor utópico e desafiador, a alternativa “c” traduz a vontade explícita de muitos estudantes. Os semestres passam... E os aspirantes à foca (como são conhecidos os novos jornalistas) descobrem que mudar o mundo é, sim, um mero sonho, mas a função que eles passarão a exercer permite informar a todo ele, em sua finita imensidão, os fatos e acontecimentos da vida que o fazem mudar.

Presente em todos os meios de comunicação – TV, rádio, internet –, o jornalismo, inevitavelmente, se renova a cada dia e tem na efemeridade uma característica crucial. A informação é consumida rapidamente e logo se tornam trivial e, em alguns casos, obsoleta.

Rotina Profissional

Trabalho árduo. As atividades jornalísticas exigem de seus profissionais muito comprometimento e disposição. É exatamente o que ratifica o assessor de imprensa da Associação Paulista Leste, André Leite. “Um ponto negativo na profissão é o grande número de atividades e a agenda intensa, afinal sempre tem algo interessante acontecendo. Mas isso acaba sendo um obstáculo só pra quem não gosta de trabalhar”, diz.

A prática jornalística apresenta conceitos técnicos particulares, variando conforme a mídia utilizada. O desenvolvimento tecnológico e o volume de informações contribuem para uma expansão gradual do jornalismo. Prova disso é o surgimento de novas ferramentas de comunicação – Twiter e RSS, por exemplo – e o desenvolvimento de outras – vide Msn. Vale ressaltar que todas essas mudanças exigem, ainda mais, uma atualização constante de conhecimentos dos jornalistas para se adequarem ao que o mercado profissional exige.

Em tempo: O Superior Tribunal Federal (STF) decidiu (mais capítulos por vir) pela não obrigatoriedade do diploma de jornalismo para o exercício da profissão. Isso ainda não é uma decisão irrevogável. Cabe recurso. Mais uma dificuldade vivida por toda a classe. É esperar para ver...


Tadeu L. Inácio
Texto publicado na edição 29 da revista Mais Destaque
www.maisdestaque.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário