segunda-feira, 3 de junho de 2013

Edições do Fut-Encontro reúnem Zeca Baleiro, José Silvério, Silvio Luiz, Vladir Lemos, Zé Elias e Daniel Perrone


Fotos: Rafael Stedile

Sesc Sorocaba e São Caetano recebem convidados. Em pauta, rivalidade no futebol e a arte da narração

Fut-Encontro debate a rivalidade no futebol
Em Sorocaba, 12ª edição reuniu Zeca Baleiro, Vladir Lemos e Daniel Perrone

A unidade do Sesc Sorocaba recebeu na noite da última quarta-feira (29) a 12ª edição do Fut-Encontro. O cantor Zeca Baleiro, o apresentador do Cartão Verde (TV Cultura) Vladir Lemos e o blogueiro Daniel Perrone - responsável pelo blog do São Paulo Futebol Clube, no globoesporte.com - debateram a rivalidade sadia no futebol, entre outros assuntos, com mais de 50 pessoas presentes.

Ao abordar a paixão das pessoas pelo esporte mais praticado no país, Zeca Baleiro - maranhense e santista de coração - destacou que o futebol está perdendo o aspecto lúdico que sempre existiu. “Por isso, pouco a pouco, temos deixado de ser como ‘Peter Pan’ e ver o futebol - e todas as suas formas de expressão - como um mundo encantado”, disse.

No mesmo tom, Perrone relatou que “a rivalidade entre as torcidas vem se transformando em ódio, inclusive nas redes sociais”. Isso, para ele, colabora para o afastamento das famílias dos estádios.

Na sequência, a plateia - destaque para alguns torcedores do São Bento e Atlético de Sorocaba presentes - passou a interagir, perguntar, e outros temas foram trazidos à tona, entre eles Copa do Mundo, novos estádios, arbitragem e os futuros adversários da Seleção Brasileira.

Indagado por Vladir sobre a qualidade do futebol apresentado pela Espanha, Zeca Baleiro gerou polêmica. “Não gosto do futebol espanhol, apesar de ser vitorioso. Eles giram a bola pra lá, pra cá, mas de Fúria (apelido da atual seleção campeã do mundo) não tem nada. Parece ‘totó’”, disse. “Temos (nós, brasileiros) a coisa vira-lata de querer praticar algo parecido com a seleção espanhola ou alemã. Sou contra. Nós que ensinamos tudo isso para eles”, alfinetou em bom humor.

Ao falar sobre a organização do mundial do ano que vem no Brasil, Vladir foi direto. “Sou totalmente contra. Nossa sociedade precisa de segurança, saúde, educação, e não de estádios superfaturados que se tornarão grandes ‘elefantes brancos’”, enfatizou.



Antes do término do evento, por volta das 22h, foram sorteados exemplares do livro “A magia da camisa dez” - escrito por Vladir Lemos e André Ribeiro -, uma camisa da Seleção Brasileira e outra da seleção holandesa. Por fim, Zeca Baleiro cantou duas canções de seu repertório para o delírio da plateia.





Fut-Encontro destaca a arte da narração
Sesc São Caetano recebe José Silvério, Silvio Luiz e o ex-jogador Zé Elias

“Na hora do jogo, quando eu seguro o microfone, eu me transformo. Totalmente”. As palavras de José Silvério resumem o que significa a profissão de narrador. O amor pela profissão e a arte de emocionar os ouvintes e telespectadores marcaram a 11ªedição do Fut-Encontro, realizada na noite da última segunda-feira de maio (27), na unidade do SESC São Caetano.

Silvério e Silvio Luiz contaram suas histórias ao longo de décadas dedicadas às narrações e ao futebol. Tudo isso com a companhia do ex-jogador Zé Elias e sob a intermediação de José Renato Santiago.

Entre os assuntos, a dupla de narradores falou sobre as dificuldades do início de carreira, os “causos” pelos estádios do Brasil (inclusive a violência de algumas torcidas no Brasil) e do mundo, as diferenças na rotina de trabalho em função da tecnologia e as gravações para jogos de futebol virtuais.

Ao ser questionado sobre sua marca registrada nas narrações - a irreverência -, Silvio Luiz fez questão de revelar sua “irresponsabilidade” que, inclusive, foi responsável pela criação de bordões históricos e apelidos a jogadores de futebol que se tornaram verdadeiras marcas, como por exemplo o “Chulapa” acrescido ao (até então) simples “Serginho”. “Não sou nada responsável. Não planejo o que vou falar. Se eu fosse responsável, não chegaria onde cheguei”, disse. Na verdade, me considero um legendador de imagens e não um narrador”, acrescentou.

Por sua vez, Zé Elias - o “Zé da Fiel” - lembrou com carinho das gravações de seus dois gols pelo time profissional do Corinthians e das poucas amizades que conseguiu fazer no futebol, principalmente durante as temporadas no futebol italiano.

Aproximadamente 40 pessoas prestigiaram o evento e puderam interagir com os convidados.






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